segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

HOMOFOBIA NA CÂMARA MOSTRA A DEFICIÊNCIA POLÍTICA PARA A CIDADANIA LGTB



O deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF) entrou nesta segunda-feira (28) com uma ação popular na Justiça Federal pedindo para que seja sustado, em caráter liminar, o ato do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que autorizou a inclusão de companheiros homossexuais como dependentes para fins de dedução fiscal na declaração do Imposto de Renda (IR) deste ano.




O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO), informou que deputados integrantes da frente vão propor adicionalmente projeto de decreto legislativo para sustar os efeitos do ato. A frente apoia a ação popular. Começa nesta terça-feira (1º) o prazo para a entrega da declaração do IR.



Ilegalidade

Fonseca considera que o ato do ministro foi inconstitucional e ilegal. Segundo ele, o artigo 226 da Constituição determina que é reconhecida a união estável apenas entre homem e mulher. “A Fazenda Pública decidiu, por ato normativo, que, para o direito tributário, não importa o sexo do companheiro, importa a capacidade produtiva dos agentes envolvidos”, explica. “Isso é usurpar o poder legislador do Congresso Nacional”, complementa o parlamentar.



Para o deputado, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRFLei Complementar 101, que impõe ao governo o controle de seus gastos condicionado à sua capacidade de arrecadação. A lei define limites para os gastos de pessoal nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal) e para cada um dos Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). O descumprimento dos limites leva à suspensão das transferências voluntárias e da contratação de operações de crédito. Além disso, os responsáveis ficam sujeitos às sanções previstas no Código Penal.) também está sendo ferida, já que é obrigatório que toda renúncia de receita feita pelo gestor público venha acompanhada de relatório de impacto orçamentário e da fonte de compensação. “O ato vai trazer prejuízo ao erário”, destaca.



João Campos também acredita que a Receita Federal atropelou o princípio da legalidade. “A Receita Federal errou. A extensão de vantagens fiscais não pode ser dada por ato administrativo. Tem de ser feita por lei específica”, diz.



A ação tomou como base nota técnica do consultor de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara, Francisco Lúcio Pereira Filho, que atestou a “exorbitância do poder regulamentar da Fazenda Pública”. A análise atendeu a uma solicitação do deputado Ronaldo Fonseca.



Interpretação da lei

Nota da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) – órgão que embasou a decisão do Ministério da Fazenda por meio do parecer 1.530/10 – estabelece que, entre as funções da Procuradoria Geral, está interpretar a legislação no âmbito da administração tributária. A interpretação dada ao conceito de “companheiro ou companheira”, segundo o órgão, é compatível com as atribuições da procuradoria e não excede as prerrogativas do Poder Executivo. A interpretação, segundo explica a nota, é baseada em princípios constitucionais (em especial o que veda a discriminação de qualquer tipo, inclusive a de gênero) e em decisões já proferidas pelo Poder Judiciário.



Diversas decisões do Judiciário já reconheceram, por exemplo, o direito à inclusão de companheiro homossexual como dependente em planos de saúde. No âmbito do Poder Executivo, o Ministério da Previdência Social reconhece desde o ano passado o direito de companheiros homossexuais à pensão como dependentes preferenciais – mesma condição de cônjuges e filhos menores ou incapazes (Portaria 513/10).




Homofobia

Para o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), que articula a reestruturação da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), a motivação da ação popular não é a legalidade, e sim a “homofobia”. “A Procuradoria Geral da Fazenda já entendeu que o direito tributário não se pauta pelo direito civil”, afirma. “O parecer da procuradoria parte do princípio constitucional da não-discriminação”, completa.



Wyllys garante que não haverá perda considerável pelo erário público, porque o número de uniões estáveis entre homossexuais reconhecidas pela Justiça ainda é pequeno. “Temos que estender os direitos ao conjunto da população, incluindo as minorias”, assegura


sábado, 26 de fevereiro de 2011

SALVADOR 40 GRAUS




O verão em Salvador está pegando fogo , e eu que não sou boba sempre que posso aproveito para tomar um banho de Sol na praia do Porto da Barra,que atualmente é um dos principais   points da capital baiana..
Mas o que eu gosto mesmo é de apreciar a paisagem dessa terra maravilhosa,adoro fotografar cenários que me encantam... e aqui é o que não falta .

Gosto muito da noite soteropolitana,vou sempre à MADRE que é umas das melhores casas noturnas da cidade,San Sebastian (eleita a terceira melhor balada GLS do Brasil) ,Off Club ..

Quem gosta de varar a madrugada batendo aquele papinho gostoso tb deve conhecer o Mercado do Peixe e o Largo da Dinha....
Pelourinho tb tem noites interessantes,muito batuque e swingg...adorooo!


Essas são minhas recomendações para aqueles que não abrem mão de uma farra....


Viva ao verão!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

TRAVESTI SONHA EM SE TORNAR JUIZ PROFISSIONAL DE FUTEBOL



Valério Fernandes é uma pessoa rara de se ver dentro dos gramados. Não pela disposição em apitar partidas amadores de futebol na cidade de Beberibe, Ceará, mas sim por ser um exemplo de que é possível se assumir homossexual e desempenhar uma função importante dentro de um esporte reconhecidamente masculino. A apresentadora Luciana Ávila e o produtor Rafael Freitas, do ''Esporte Espetacular'', foram até o nordeste do Brasil para saber como este cearense busca o sonho da profissionalização no futebol.

Aos 32 anos, Valério trabalha como coordenador de guias mirins que fazem o passeio pelas famosas falésias coloridas da praia de Morro Branco. Depois do expediente, durante todas as semanas, ele põe uma roupa de juiz e apita os jogos do campeonato amador de futebol do município no estádio de sua cidade. À noite é conhecido por Laleska e assume sua identidade feminina.




Engana-se quem acha que Valério se diferencia de outros árbitros por causa de sua opção sexual. Ele apita seriamente os jogos e fala grosso com os jogadores sem disciplina. De dentro de campo é evidente seu empenho em busca de um sonho: se profissionalizar como juiz de futebol e apitar clássicos.



Resta apenas saber se o esporte, os jogadores e as torcidas estarão preparados para assistir o primeiro juiz travesti assumido do futebol brasileiro. Apesar de ser bem aceito e conhecido na cidade, Valério ainda enfrenta o preconceito da família e principalmente do próprio pai que não admite a sua condição de homossexual.

Confesso que achei o fato muito curioso,porém  o que mais me chamou a atenção foi a atitude dessa cidadã. Gostei de ver sua corajem...
PARABÉNS LALESKA,SUCESSO PRA TI

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

MAIS UMA CONQUISTA...

                                       


A travesti Marcelly Malta Schwarzbold, 60 anos, presidenta do Conselho Municipal de Direitos Humanos da Prefeitura de Porto Alegre e Presidenta da Igualdade - Associação de Travestis e Transexuais do Rio Grande do Sul conseguiu um feito inédito para as travestis brasileiras, a alteração do nome de batismo pelo nome social na certidão de nascimento.



Os advogados Gustavo Bernardes e Bernardo Dall'Olmo de Amorim, responsáveis pelo processo conseguiram junto à Vara de Registros Públicos através do Juíz Antônio Carlos Nascimento e Silva a retificação de seu nome no registro civil.

Para Dall'Olmo de Amorim a importância está em ter o reconhecimento do Estado da construção da identidade de gênero e não somente do caminho da patologização, como comumente são tratados os casos das pessoas transexuais. "Neste caso a Marcelly demonstra que é possível ser reconhecida legalmente como uma pessoa do gênero feminino, mesmo que se mantenha como sexo masculino na certidão de nascimento", afirma.



Feliz com a conquista, Marcelly afirmou: “parece que nasci novamente. Fico muito orgulhosa de poder saber que daqui pra frente outras travestis poderão evitar constrangimentos e humilhações e conseguirão o mesmo direito de alterar seus prenomes nas identidades", comemorou.
 
Na minha opinião,já passou da hora de as autoridades reconhecerem nossa situação e nos conceder esse direito,pois o Brasil é hj umas das 10 maiores potencias mundiais e é vergonhoso que mantenha esse perfil tão retrógrado e machista.... se quer ser primeiro mundo ,é nescessário antes de tudos rever muitos detalhes e abadonar velhos hábitos que são apenas relíquea arqueológica de sociedade atrasada!
Embora muitos juristas progrediram em seus conceitos ainda existem muita gente conservadora nesse meio,
o que só atrapalha o processo evolutivo que estamos vivendo a custa de muitas manifestação e lutas pelos
nossos direitos...é importante ser persistente para alcançar o que queremos...
 
 
A LEI PRECISA SER MAIS COERENTE E ÉTICA E READEQUAR NÓS TRANSEXUAIS E TRAVESTIS DE FORA MAIS DIGNA À SOCIEDADE.. .
 
AVANTE!
 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

TERAPIA HORMONAL





Eis um assunto que interessa à muitas meninas,que,infelizes com o tratamento que fazem por conta própria se frustram,contudo, para que muitas coisas funcionem é preciso haver regras....
Abaixo uma das terapías hormonais mais eficazes em  transexuais..

Cuidados Iniciais


Na terapia hormonal, o corpo se modifica e junto dele, a cabeça da pessoa. Além disso, ocorre muita depressão caso os remédios não sejam bem utilizados ou administrados. O ideal é o acompanhamento de um médico, por isso, essa pagina se propõe apenas ser uma base de referência para endocrinologistas ou pessoas que tenham seu tratamento hormonal recusado por médicos que negaram atendimento a pessoas com disforia de gênero. Mas antes de começar, é crucial estar sobre acompanhamento terapêutico de um psicólogo.


A terapia hormonal depende da operação de transgenitalização, pois a castração química feita por muitos anos pode gerar problemas hepáticos e lesões hepáticas graves ou até irreversíveis para o resto da vida.

É essencial, como já dito, o acompanhamento psicológico, no mínimo, e acompanhamento endocrinológico também. Psicólogos, ao contrário de endocrinologistas, são mais fáceis de se encontrar pra cuidar de transexualidade.


É essencial também reservar uma renda mensal para essa medicação, e é fundamental um controle muito rígido na utilização desses remédios, pois as drogas utilizadas são remédios contra cancer, pressão alta, hirsutismo severo etc. Remédio mata! È preciso toda cautela do mundo com isso, e qualquer deslize gera trombose e morte posterior.

CASO O PACIENTE APRESENTE VARIAÇÃO DE PRESSÃO, CASOS ANTERIORES DE HEPATITE OU DOENÇAS HEPÁTICAS, DERRAMES OU TROMBOSES, ESSES REMÉDIOS ESTÃO PROIBIDOS SOB RISCO DE MORTE.



Por fim, o site nao deseja induzir a auto-medicação, que é perigosa e letal. O site pretente apenas apresentar o tratamento para as pessoas que desejem conhecer melhor os tratamentos mais eficazes na mudança de sexo.


Princípios da terapia hormonal



Em princípio existem vários tipos de terapia, cada qual para uma idade da pessoa. Os tratamentos para jovens antes dos 18, e para adultos após os 35 são um pouco diferentes, e nesses casos, somente um médico poderá ajustar o tratamento, pois a terapia para adolescentes e pessoas depois dos 35 sofre muita variação, sendo portanto diferente e mais específica para funcionar completamente. No entanto, apesar dessas variações, se aplicam os mesmos remédios, apenas variando-se a dosagem padrão.



Na terapia MTF são usados necessariamente três tipos de medicamentos mais os complementos vitamínicos: 1 Antiandrógeno Responsável pela castração química (inibição da produção ou eliminação de testosterona), que gera menor intensidade nos pelos androgeno dependentes e caracretísticas secundárias femininas, além de esterilidade

2 Progestogênio Responsável pela maturação da glãndula mamária e seios, além de ser possivelmente atuante como fator anti-carcinogênico na utilização do estrogênio

3 Estrogênio Responsável pela redistribuição de gordura, maturação dos seios, clareamento da pele e outras características secundárias femininas

Como complementos, devem ser usados aqueles que possuem vitamina B12, ácido fólico e ferro. Dosagens: ÁCIDO FÓLICO 1 a 2 mg por dia

VITAMINA B12 em torno de 5 mcg por dia

FERRO 10 a 15 mg por dia

Atenção: Cada um desses remédios DEVE ser usado, pois a castração química é muito importante na mudança física do corpo. A progesterona deve ser utilizada para se evitar possibilidades posteriores de tumores de mama. E o complemento é fundamental para o crescimento ideal dos seios, redistribuição de gordura e assimilação metabólica do estrogênio.




Funcionalidades da terapia MTF (macho genético torna-se fêmea)


O melhor tratamento, com as mudanças mais profundas, é obtido quando o paciente tem entre 18 e 28 anos, não sendo tão profundas quanto se começado até 38, e menos ainda após os 48. Sobre o tratamento, ele é totalmente reversível até os primeiros quatro meses, e depois desse tempo, começa a se tornar irreversível. Os efeitos da mudança física podem ser sentidos em grande maioria nos primeiros dois anos, quando a quase totalidade das mudanças pode ser notada, e termina em 5 anos, quando as mudanças físicas se completam, e praticamente mais nenhuma alteração pode ser notada. A utilização dos hormônios é para a vida toda, mesmo depois de ser operar, no entanto, após a cirurgia, os níveis são diminuídos dramaticamente.



O tratamento hormonal gera:



01- diminuição da fertilidade até a esterilidade completa

02- diminuição do tamanho do pênis

03- aumento gradual dos seios

04- redistribução de gordura para regiões tipicamente femininas

05- mudança metabólica nos pelos. o crescimento de pelos no corpo se torna mais lento, e os pelos podem se tornar ligeiramente mais claros ou menos intensos.

06- diminuição do metabolismo corporal pela perda de massa muscular, gerando mais dificuldade em emagrecer

07- mudanças na epiderme. a pele se torna mais clara e fina, e a sensibilidade ao toque aumenta ligeiramente

08- mudança nos odores corporais . na urina e na pele

09- amplificação das emoções, tornando a pessoa mais sucetível a descargas emocionais, choros e outros sentimentos

10- atuação menor das glândulas sudoríparas, gerando menos suor



O tratamento hormonal não gera:



01- mudança na voz ou Pitch vocal.

02- redução dramática dos pelos faciais

03- mudaça no formato ou tamanho da ossatura do corpo

04- mudança no tamanho do pomo-de-adão

05- diminuição do tamanho dos pés, mãos e ombros

Administração dos Hormônios




Sobre a administração dos hormônios, é sabido que os melhores são os hormônios injetáveis, na medida em que eles tem apenas uma passagem pelo fígado, sendo metabolizados sem maiores problemas pelo organismo e gerando menos feitos colaterais. No entanto, os hormônios administrados via intramuscular (injetáveis) geram muito desequilíbrio no balanço sérico, e acredito que a melhor utilização seja um tipo de hormônio injetável associado a um hormônio oral diário, evitando mudanças hormonais drásticas.



O início do tratamento leva em conta a ADMINSITRAÇÃO das MENORES DOSES dos hormônios e antiandrógenos, que depois aumentam GRADATIVAMENTE com o tempo até chegar a dose-padrão. Isso é muito importante para evitar tromboses, embolias, desmaios, avitaminoses e depressão profunda.



O primeiro a ser administrado é o antiandrogênio, seguido da progesterona e estrogênio. Numa segunda etapa, administra-se o segundo estrogênio via intramuscular (injetável), transdérmico ou oral (não muito recomendado como segundo estrogênio).



Primeiros dois meses Administração de um antiandrógeno

Terceiro a quarto mês Administração de um progestogênio, do primeiro estrogênio e do complemento vitamínico

quinto mês em diante Administração de um segundo estrogênio



Essa ordem deve ser rigorosamente seguida, sob risco de causar problemas graves de saúde.





Diversos tipos e dosagens dos hormônios para transexuais não operadas MTF

(macho genético torna-se fêmea)


Tipos de Antiandrógenos Droga Nome Comercial BULA Segurança Eficácia Administração Dosagem Inicial Recomendada Dosagem Padrão

espironolactona Aldactone AQUI exelente boa oral 50 mg /dia 100 a 200 mg /dia

finasterida Finasterida excelente boa oral 1 mg /dia 1 a 5 mg /dia

acetato de ciproterona Androcur AQUI ruim excelente oral variável variável

* Flutamida (Eulexin) não serve para tratamento de transexuais devido a sua hepatotoxicidade ser muito alta e por interferir na assimilação de estrogênios.



Tipos de Progesteronas Droga Nome Comercial BULA Segurança Eficácia Administração Dosagem Inicial Recomendada Dosagem Padrão

acetato de medroxyprogesterona Cycrin, Provera AQUI

médio variável oral 2,5 mg /10 dias no mês 5 a 10 mg /10 dias no mês

*Depo-provera é o nome comercial de um progestogênio a base de acetato de medroxyprogesterona, injetável. como o provera oral é avaliável, desaconselho a injeção visto alguns casos ocorridos de mal estar pelo uso intradérmico.



Tipos de Estrogênios Droga Nome Comercial BULA Segurança Eficácia Administração Dosagem Inicial Recomendada Dosagem Padrão

17-beta estradiol Hormodose Gel AQUI excelente excelente transdermico 2 doses do disparador /dia 2 doses do disparador /dia

valerato de estradiol Elamax,

Climene,

Cicloprimogyna AQUI

AQUI

AQUI bom excelente oral 2 mg / dia 4 a 6 mg /dia

valerato de estradiol Gestadinona AQUI bom excelente injeção 1 /mês 2 a 4 /mês

enantato de estradiol Perlutan AQUI bom excelente injeção 1 /mês 2 /mês

* Qualquer outro anticoncepcional a base de etinilestradiol (Diane35) ou estrognênios cunjugados (Premarin, Premelle) NÃO SÃO RECOMENDADOS por não serem eficientes.




Sugestão de tratamento (para médicos apenas, não se auto-medique)




O Tratamento básico de muitos institutos europeus e norte-americanos priorizam algumas drogas que são ótimas devido a um baixo risco e uma alta eficácia.



Como ANTIANDRÓGENO, são usados: ESPIRONOLACTONA em conjunto com FINASTERIDA.

Como PROGESTOGÊNIO, usa-se o ACETATO DE MEDROXYPROGESTERONA, e

COMO ESTROGÊNIO, usa-se ESTRADIOL NATURAL, 17-BETA ESTRADIOL OU VALERATO DE ESTRADIOL.



MESES DROGAS E DOSAGEM

primeiro mês - 50 mg de aldactone diário + 1 mg finasterida

- nenhum progestogênio

- nenhum estrogênio

- complemento vitamínico diário

segundo mês - 100 mg de aldactone diário+ 2 mg finasterida

- nenhum progestogênio

- nenhum estrogênio

- complemento vitamínico diário

terceiro mês - 100 mg de aldactone diário+ 2 mg finasterida

- 2,5 mg diários de cycrin durante 10 dias no mês

- 2 mg de cicloprimogyna ou elamax diário

- complemento vitamínico diário

quarto mês - 150 mg de aldactone diário+ 3 mg finasterida

- 2,5 mg diários de cycrin durante 10 dias no mês

- 2 mg de cicloprimogyna ou elamax diário

- complemento vitamínico diário

quinto mês - 150 mg de aldactone diário+ 3 mg finasterida

- 5 mg diários de cycrin durante 10 dias no mês

- 4 mg de cicloprimogyna ou elamax diário

- 1 dose diária do disparador de hormodose gel

- complemento vitamínico diário

sexto mês - 200 mg de aldactone diário+ 4 mg finasterida

- 5 mg diários de cycrin durante 10 dias no mês

- 4 mg de cicloprimogyna ou elamax diário

- 2 doses diárias do disparador de hormodose gel

- complemento vitamínico diário

sétimo mês - 200 mg de aldactone diário+ 5 mg finasterida

- 10 mg diários de cycrin durante 10 dias no mês

- 6 mg de cicloprimogyna ou elamax diário

- 2 a 3 doses diárias do disparador de hormodose gel

- complemento vitamínico diário

oitavo mês

em diante manter dose do sétimo mês sempre!




Essa tabela deve ser seguida exatamente como foi descrito. Não se deve aumentar as doses ou modificá-las. Caso o médico opte por outra medicação ou hormonios injetáveis, este deve ser esolhido com muito critério.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

TRAVESTI É AGREDIDA EM SUPERMERCADO DE SALVADOR


A travesti que prefere se identificar com o codinome de Amanda, 19 anos, natural de Aracaju, compareceu hoje a tarde na sede do Grupo Gay da Bahia (GGB) e Associação de Travestis (ATRAS) no Pelourinho, Centro de Salvador para esclarecer o episódio envolvendo um grupo de travestis no Supermercado Bompreço na Avenida Vasco da Gama nessa ultima segunda-feira, por volta das 4hs da manhã que culminou em discussão e briga onde a travesti sofreu diversos golpes e socos desferido por um desconhecido no interior da loja do Bompreço.

Segundo a vitima, teria sido um segurança da loja que gravou a briga e acabou sendo veiculada no Programa Na Mira da TV Aratu nos últimos dias. O GGB entrou em contato com o Programa para reascender o debate e aproveitar a oportunidade para combater o preconceito ainda muito expressivo contra travestis e homossexuais.






Ao Programa Na Mira Amanda disse que sempre quando sai do trabalho passa na loja que fica aberta 24hs para fazer lanches com as colegas travestis. Segundo ela esse é um procedimento que prefere fazer porque já conhece várias pessoas da loja e que lhes dão tratamento cordial. “Eu fui pegar um iogurte e quando passei, ele e mais dois amigos ficaram me olhando e dando piadinhas”, disse. “Continuei andando e ele me ameaçou sem nenhum motivo em me dar um soco na cara”, continua, “Ai ele começou a me agredir com socos, rasgou minha orelha, fiquei sangrando e ninguém fez nada. Todos pararam de braços cruzando vendo ele me bater, até eu não agüentar mais e cair no chão”, disse emocionada.

Amanda que aparenta ser uma pessoa instruida e de formação, inclusive doméstica ficou indignada com a indiferença de todos diante da agressão sofrida por ela, nem mesmo as colegas se envolveram na briga para prestar socorro e ajudar a ela se defender do homem que era infinitamente mais forte que ela que faz tratamento hormonal. A apresentadora Ana Alice do Na Mira tem desafiado todo tempo que o agressor seja homem e apareça no programa.

Populares relataram que seria a provocação por conta dos trajes sumários usados por elas. “Cada categoria profissional tem o seu uniforme, médico, enfermeira, bombeiro, elas usam roupas sedutoras porque estavam trabalhando também e merece respeito e tem o direito de usar-las, ainda mais uma hora daquela, 4hs da manhã”, disse Marcelo Cerqueira do GGB. As duas entidades prestaram a sua solidariedade a vitima. “Não é possível viver com tanto preconceito e os poderes públicos pouco fazem para diminuir” finalizou Milena Passos. O Programa Na Mira vai ao ar pela TV Aratu diareamente a partir das 13hs.
Conheci a Milena em 2010 quando me convidou para participar do VII Regional de Trans e apartir daí enlaçamos uma amizade muito saudável...e concordo com ela em número, grau e circunstancia. É lastimável que o poder público não reaja contra esses atos absurdos de preconceito gratuito ..uma vez que somos cidadãs,temos poder de voto,pagamos impostos e merecemos ser respeitadas como tais,por isso a luta não pode parar...e vamos bater cada vez mais na tecla até que haja uma iniciativa..

ABAIXO A LIVRE DISCRIMINAÇÃO E O PRECONCEITO GRATUITO!





sábado, 19 de fevereiro de 2011

LADY GAGA CONTRATA TRANSEXUAIS PARA SEU NOVO CLIP





O novo single de Lady Gaga, "Born This Way", deve ganhar clipe em breve, já que a cantora deu início ao processo de seleção do casting. Segundo o blogueiro de celebridades Perez Hilton, Gaga teria recrutado transsexuais para a gravação em uma festa em Nova York.




A gravação do vídeo começou, possivelmente no dia 25 de janeiro, mas outros detalhes ainda não foram revelados. O single "Born This Way" foi lançado oficialmente no dia 13 de fevereiro, durante a cerimônia de premiação do Grammy Awards 2011, com uma apresentação ao vivo da cantora.



A nova música faz parte do disco que Gaga vai lançar no dia 23 de maio, com o mesmo título. Em dezembro do ano passado foi anunciado que Lady Gaga canta em seis idiomas em seu novo disco, inclusive em português.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

SIMPLIFICADO O PROCESSO PARA MUDANÇA DE NOME E DE SEXO

 Giselle Ásthon posa ao lado da presidente da ANTRA(Associação Nacional de Travestis)Geovana Baby,durante o VII Encontro Regional de Trans em Salvador onde mais uma vez foram discutidos os direitos das Trans na sociedade...
A simplificação do processo de mudança de sexo e do nome próprio no Registo Civil é o objectivo da Proposta de Lei aprovada, hoje, quinta-feira, pelo Governo em Conselho de Ministros.
A ser ainda enviada à Assembleia da República, a proposta acaba com a acção judicial que qualquer transexual, masculino ou feminina, precisa de interpor neste momento contra o Estado, para ver reconhecida a alteração do nome e o novo género sexual na documentação identificativa.
Na prática, o conservador do Registo Civil terá um prazo de oito dias para emitir a nova identificação, após o cidadão transexual apresentar um relatório elaborado por uma equipa multidisciplinar de sexologia clínica, que ateste a respectiva disforia de género. Sendo que a proposta do Governo não estabelece que o processo da atribuição de uma nova genitália necessite de estar concluído para que as alterações no registo ocorram.
"Actualmente este processos de mudança de nome e de sexo já são possíveis, só que requerem uma intervenção judicial, a apresentação de prova perante um tribunal para que haja o reconhecimento judicial da mudança de identidade", referiu o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, durante a conferência de imprensa realizada no final da reunião semanal do Conselho de Ministro. "Trata-se de um diploma de simplificação", sublinhou Pedro Silva Pereira.
O Governo garante que o diploma, que corrigirá uma omissão legislativa, segue exemplos que já estão em vigor na Alemanha, Espanha, Itália, Reino Unido ou na Suíça. “Na verdade, há mais de 20 anos que vigora a legislação alemã, suíça e italiana sobre a mudança de identidade de género. E também há já mais de 20 anos que o Conselho da Europa recomendou aos Estados-membros o reconhecimento legal desta situação”, lê-se na proposta.
Em Portugal, após o processo judicial interposto contra Estado, os tribunais, por norma, apesar de um processo poder levar vários anos, limitam-se a validar os relatórios médicos dos cidadãos transexuais. Refira-se que, até 1995, a Ordem dos Médicos se opunha à operação destas pessoas
“É um sinal extremamente positivo a apresentação desta proposta, porque era necessária uma Lei da Identidade de Género. Actualmente, o processo para mudar o nome é longo e humilhante”, explicou, ao JN, Paulo Corte-Real, da Ilga - Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero. “Estas pessoas sofrem consequências enormes nas suas vidas desde que iniciam o seu processo e que culmina com uma caminhada pelos tribunais”, acrescenta o activista.




Em Março, o Governo havia sido alertado para a necessidade da implementação de uma Lei da Identidade de Género no nosso país, pelo Comissário Europeu dos Direitos Humanos do Conselho da Europa, Thomas Hammarberg. Recomendação que surgiu após uma reunião com a Ilga, em Portugal, nos finais de 2009, onde o comissário foi alertado para a ausência de tal legislação.



Cai entretanto por terra um projecto semelhante que estava a ser elaborado pelo deputado socialista Miguel Vale de Almeida. “Ainda não conheço em pleno os seus conteúdos (da proposta) mas não se justifica a elaboração de uma proposta em tudo igual a esta ou semelhante, quando o Governo indica com esta aprovação em Conselho de Ministros que era fundamental resolver a ausência de legislação para as pessoas a quem era reconhecida a disforia de género”.



A esta Proposta de Lei junta-se um projecto do Bloco de Esquerda que aguarda agendamento parlamentar e que também pretende colmatar a omissão no quadro legal das questões transexuais. “Ficamos satisfeitos que agora, com esta proposta, o Governo venha reconhecer que havia um problema que afectava esta população e ao encontro de uma proposta que Bloco apresentou há alguns meses. Acreditamos que se possa criar um consenso e uma maioria que possa resolver esse problema”, disse José Soeiro, deputado do Bloco de Esquerda, autor do projecto.



Admitindo desconhecer as alterações propostas, a presidente da Federação Portuguesa pela Vida, Isilda Pegado, critica o sentido de oportunidade do Governo. “No regresso do ano político, as grandes prioridades do país não são estas questões. Não é isto que interessa às pessoas”, acusa a jurista, que liderou a “Plataforma Cidadania e Casamento”, contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. “A realidade e experiência humana mostram que este tipo de legislação só cria mais conflitos sociais. Não é um funcionário do registo que deve dizer o que é um homem e uma mulher. A própria natureza encarrega-se de o fazer no nascimento de qualquer cidadão”, refere.



Pegado vai um pouco mais longe: “O Governo dá uma imagem de que está a seguir a agenda do Bloco de Esquerda e a legislar para meia dúzia de pessoas e para pequenos grupos de pressão”. “Olho para estas leis como custos civilizacionais”, conclui.



Estima-se que 600 pessoas já tenham mudado de sexo em Portugal, sendo que as estatísticas apontam para a existência de em cada 12 mil homens existir um destes casos diagnosticados. E de um em cada 30 mil mulheres.

Neste momento, 50 portugueses encontram-se numa fase de mudança de sexo.





quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

ENTREVISTA DA MODELO TRANSEXUAL LEA T À ISTOÉ

Modelo brasileira que vive na Itália fala do seu transexualismo, a relação com a família, Big Brother, cirurgia e diz que prefere homens heterossexuais








ISTOÉ - Por que você demonstrava um pé atrás em voltar ao Brasil?




Lea T - Isso é normal quando você sofre alguma coisa e fica machucada, mas depois cicatriza e passa, sempre cicatriza. Mas eu tinha meus motivos, todo mundo sabe, porque falaram coisas feias do meu pai, mentiras, falaram um monte de mentirada, inventaram umas coisas sobre meu pai, que ele não me aceitava, tudo mentira. Eu não sei quem começou esta coisa

ISTOÉ - O seu relacionamento com ele é distante?




Lea T - Não temos relacionamento distante, meu pai é separado da minha mãe, temos relacionamento como qualquer filho que foi separado do pai, porque ele não morava em casa com a família. Eu beijo meu pai, sempre vou visitar, vejo duas três vezes ao ano, porque ele mora aqui e eu na Itália, mas a gente se fala pelo telefone sempre.


ISTOÉ - É por causa disso também que você tem receio de dar entrevistas no Brasil?




Lea T - É. Porque foi uma maldade. Pensei: o que vou fazer lá? Para escutar coisas piores ainda? Você fica triste, mas depois conheci a galera da Way (agência de modelos que a representa no País) e minha família falou que as coisas já não eram tão assim, que as pessoas tinham mudado a cabeça, então decidi vir.

ISTOÉ - Como foi o convite para desfilar para o Herchcovitch?




Lea T - Eu tinha falado para a minha agência que não iria aceitar qualquer convite, aí eles me ligaram falando da proposta do Herchcovitch, disseram que era a linha que eu gosto, já conhecia o trabalho dele



ISTOÉ - Se sentiu muito assediada chegando por aqui?




Lea T - Está sendo tranquilo, todo mundo muito legal, nunca fui tão bem tratada em toda a minha vida.



ISTOÉ - Quais os próximos trabalhos?



Lea T - Volto para a Itália, fico um dia, deixo as malas, vou para Chicago e em seguida Nova York para os desfiles.



ISTOÉ - Você acha que o comportamento das pessoas com relação aos transexuais realmente está mudando no Brasil?



Lea T - Mais ou menos. Isso não muda rapidinho, o povo está me aceitando melhor pelo fato de eu estar fazendo trabalhos grandes, isso meio que cala a boca das pessoas. Mas eu continuo não vendo um transexual trabalhando em um hotel, trabalhando em um banco, em lugar nenhum, então ainda tem preconceito.



ISTOÉ - Os transexuais ainda precisam se esconder então?



Lea T - Claro. Prostitutas, são todas prostitutas, porque não têm oportunidade de trabalho.


ISTOÉ - Você também teve a mesma dificuldade?




Lea T - Eu tive. Na Itália é pior do que aqui. Por causa do Vaticano, o povo é muito preconceituoso, então não conseguia arrumar emprego, e bate aquele desespero.



ISTOÉ - O que você fazia antes de entrar no mundo da moda?



Lea T - Antes eu era um menino, diferente, mas encontrava trabalho. Eu trabalhava de assistente, era só mais um gay, que é mais aceito, apesar de ainda ter muito babado sobre isso. Mas quando virei transexual, aí o negócio mudou.



ISTOÉ - Como assim virou transsexual?



Lea T - Transexual significa uma transição sexual, então você começa uma transexualizacão. Você nasce com uma síndrome de identidade de gênero, até uns seis anos de idade se vê apenas como uma criança, mas quando começa a se identificar com alguma coisa, quando começa a entender, é que começa a se ver nem como homem nem como mulher, mas você ainda não é uma transexual, você vira transexual quando começa a fazer terapia e a ser seguida por médicos para mudar de sexo.



ISTOÉ - Você sempre sentiu a necessidade de mudar de sexo?



Lea T - Sim, mas não posso falar muito sobre isso por causa do contrato com a Oprah (Lea firmou contrato com a apresentadora americana Oprah Winfrey para uma entrevista exclusiva onde falará sobre sua cirurgia).


ISTOÉ - Quando será a cirurgia e por que ela é importante?




Lea T - Ainda não tem uma data exata. É uma questão estética, se você não se sente bem com seu pênis, aí terá uma coisa mais coerente com seu corpo e sua mente.



ISTOÉ - Isso vai te fazer mais feliz?



Lea T - Não, não é uma vagina que deixa uma pessoa feliz. Vai facilitar minha vida a nível de documento e vai me deixar numa questão estética melhor, vou viver melhor esta coisa, por causa da profissão e tudo. Mas não traz felicidade isso, senão todo mundo fazia. E todas as mulheres seriam felizes.



ISTOÉ - O que é mais importante, a cirurgia ou documento?



Lea T - Os dois são muito importantes quando se decide fazer uma coisa destas. Eu acho desaforo, deveria existir o homem, a mulher e o transexual, mas a lei nos ignora, então eles te põem como mulher, mas não é uma mulher, apesar de ter uma cabeça de mulher, mas não é.



ISTOÉ - Como é na hora de ter que mostrar sua documentação com um nome masculino? É constrangedor?



Lea T - É, nossa, na Itália, eles te tratam igual um lixo


ISTOÉ - E no Brasil?




Lea T - Aqui eles são delicadérrimos nestas horas, nunca tive um problema deste tipo no Brasil, são finérrimos. Lá tem o Vaticano, menina, o bicho pega naquele país. Foram trilhões de situações constrangedoras, falam que você é puta, isso e aqui, é difícil, muito difícil.



ISTOÉ - E como você reage diante de uma situação assim?



Lea T - Eu brigo, eu não sou de ficar calada. Eu luto pelos meus direitos, não estou fazendo nada de errado para ninguém, então caio em cima mesmo.



ISTOÉ - Você se sente como uma espécie de porta voz dos transexuais?



Lea T - Eu sei que sou uma das poucas que conseguiu um trabalho, mas não me sinto como porta voz, acho que ninguém é porta voz de ninguém, entendeu? Cada um tem que seguir a própria personalidade, a própria vida, ter honra da própria vida. Eu consegui um trabalho, diferente de várias, e isso pode ser uma mensagem legal para elas, isso é importante.

ISTOÉ - Mas você, mesmo que não queira, acaba sendo um exemplo não é?




Lea T - Claro, um exemplo de que não existe só aquela mesma estrada, que você pode fazer outras também.



ISTOÉ - Como você viu a presença de uma trans no Big Brother Brasil?



Lea T - É muito delicada isso, eu achei que essa coisa de Big Brother mostrou que o Brasil ainda não está pronto para isso. Eu não sou superior a ninguém, mas eles quiseram por uma transexual só porque está se falando muito em transexual, para levantar a audiência, eu achei que foi uma coisa meio barata. Ela (Ariadna Thalia) é uma menina linda, vitoriosa, lutadora, pelo que eu entendi da história dela, ela teve uma história dura. Mas o problema é que, como já se fala tão pouco em transexuais, se você põe uma em um programa como esse precisava ser algo menos estereotipado. Pelo amor de Deus, ela é foférrima, mas tem que por alguém que possa mudar essa imagem. Não se pode colocar um transexual lá e ficar perguntando “qual é a transsexual?”, tipo “cadê o Wally?. É um nível muito baixo e não ajuda o povão a entender estas coisas. Acho que é diminuir uma luta que poucas transexuais fazem. Acho que sair dizendo “Eu tenho a honra de ser a única transexual do Big Brother” não contribuiu. Eu não tenho a honra de ser a única modelo, eu vou ter a honra de ser a única médica, que curou uma doença, honra de ser como a presidente da Lancôme, que é uma transexual, aí sim.


ISTOÉ - E como fazer as pessoas entenderem?




Lea T - É difícil, porque elas apontam o dedo na minha cara. Aí eu tento explicar para as pessoas que elas estão apontando o dedo para uma pessoa que sofre, que vive como você e que tem muito mais problema do que você. E que uma transexual não é uma pervertida. Por isso que dou entrevistas e falo tanto a respeito. Seria mais interessante se essa trans do Big Brother tivesse falado “eu sofro, passei por isso e aquilo”, em vez de dizer dane-se o mundo.



ISTOÉ - Por que você acha que o mundo da moda te acolheu?



Lea T - O mundo da moda me acolheu porque eu comecei com uma pessoa que é muito influente no mundo da moda (Ricardo Tisci) e eu fiz esse projeto de usar isso para passar uma mensagem, para parar de se esconder. Ser modelo aconteceu por acaso, mas a coisa mais interessante é passar uma mensagem, quando a pessoa me dá um microfone eu grito que sou um transexual. Eu tenho prazer claro de sair em fotos bonitas e ir a desfiles, mas eu acho que isso não tem que ser o fundamental.




ISTOÉ - O que poderia ser feito no Brasil para que os transexuais tivessem mais qualidade de vida?




Lea T - Você não tem apoio financeiro para mudar o seu corpo, porque quando você nasce e se vê em um corpo de homem, precisa de ajuda para se transformar, para não ficar coma aquela coisa ridícula, quer dizer, não ridícula, mas aquela coisa que você não gosta. Não existe uma facilitação para fazer a cirurgia, então deveria haver apoio para isso. Por exemplo, você tem pelo de homem e tem que tirar esses pelos, com laser, e o laser custa R$ 1 mil a sessão. Você quer por peito ou tem um queixo enorme, masculino, são coisas que incomodam a gente em um nível muito forte, porque você olha no espelho e vê traços de homem, o que faz com que você viva mal seu corpo. Quando fica comprovado que pessoa é transexual, precisa ajudá-la a fazer isso, senão por isso que são todas prostitutas, porque você vive o corpo errado, então fica desesperada.



ISTOÉ - O que diria para as pessoas que acham que o sistema de saúde não deveria gastar recursos com este tipo de coisa?



Lea T - Olha, eu vou te dar uma estatística: de cada 10 transexuais, quatro se matam. Tem uma quantidade grande de transexual no mundo, então eu acho que todos têm direito, se tem que dar prioridade para outras coisas, a gente também tem que ter essa prioridade. Tem que ter igualdade. Nós sofremos de uma patologia séria, de identidade de gênero, então não dá para dizer quem tem menos prioridade. É um distúrbio, que precisa de atendimento.



ISTOÉ - Foi para levantar a bandeira pelos direitos dos transexuais que decidiu posar nua?




Lea T - Foi, posei por causa disso. Foi uma foto nua, crua, sem maquiagem, do jeito que você é, feia. Eles quiseram mostrar uma coisa verdadeira, mesmo uma transexual, que não está perfeita, boneca, linda, montada, mas ela existe, ela está na página de uma revista como a Vogue.



ISTOÉ - Foi sua única sessão de fotos nua?



Lea T - Assim que dá para ver o pênis foi a única.



ISTOÉ - Foi difícil?



Lea T - Não. Não gosto do meu corpo, mas não tenho vergonha, eu convivo com ele bem.



ISTOÉ - Tem alguma parte do seu corpo que gosta mais?



Lea T - Tem algumas que eu gosto, outras não.



ISTOÉ - Você se acha bonita?



Lea T - Não. Não acho.



ISTOÉ - Nem nas fotos?




Lea T - Não, não me acho bonita. Eu acho que eu sou um tipo diferente de beleza, um estilo diferente, não sou bonita, com rostinho de boneca.



ISTOÉ - Quem você acha que é bonita?



Lea T - A Raquel Zimmermann (modelo brasileira) acho linda. Eu não sou daqueles que ama as mulheres bonitas, eu gosto das mulheres com imperfeições, amo a Pat Smith (cantora americana), acho ela linda.



ISTOÉ - Você se sente atraída sexualmente por homens ou por mulheres?



Lea T - Eu já experimentei os dois. Eu gosto de dizer que eu gosto da pessoa. Claro que sexualmente eu me sinto mais atraída por homem, hétero. Por isso mesmo que quero fazer a intervenção, para poder ter uma relação mais hétero. Mas isso não significa que depois que eu operar eu me apaixone por uma mulher.



ISTOÉ - Você se sente bem resolvida sexualmente?



Lea T - Não, hoje não. Eu não acho que a relação com alguém que ainda não foi operado seja uma relação hétero, para mim é um relação bissexual.



ISTOÉ - Você está namorando?



Lea T - Não falo a respeito de namoro.

 
 
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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

AGRADEÇO A DEUS POR MAIS UMA PRIMAVERA...




OBR A TODOS MEUS AMIGOS PELO CARINHO,ESTOU EM ÊXTASE DE FELICIDADE!

HOJE, EU POSSO DIZER QUE SOU FELIZ,POIS AO AMADURECER A GENTE DESCOBRE QUE NÃO HÁ MAIOR RIQUEZA QUE TER SAÚDE ,PAZ,AMOR E ESPERANÇA...
SOU GRATA A DEUS POR TANTOS LIVRAMENTOS,POR TANTAS VITÓRIAS E REALIZAÇÕES...
EM JANEIRO, O SUPERGi  ATINGIU MAIS  DE 10 MIL ACESSOS MENSAIS E ISSO É  RESULTADO DE MUITO EMPENHO,DIVULGAÇÃO E PRINCIPALMENTE CARINHO QUE MEUS PARCEIROS SENTEM POR MIM,BATEMOS ESSE RECORD JUNTOS E CERTAMENTE VAMOS CONTINUAR A TRILHAR NOVOS CAMINHOS EM BUSCA DE  NOVOS SONHOS E CONQUISTAS.......

EU SOU ASSIM,PENSO SEMPRE POSITIVO,SOU AQUARIANA E ESTOU SEMPRE COM O PEZINHO NO FUTURO,PRA FRENTE É QUE SE ANDA!  SOU FILHA DO CARNAVAL,AMANTE DA ALEGRIA,DA VIDA....QUERO PASSAR ESSA ENERGIA POSITIVA PRA TODOS EM VOLTA....

"VIVER E NÃO TER A VERGONHA DE SER FELIZ,CANTAR E CANTAR E CANTAR A BELEZA DE SER UM ETERNO APRENDIZ,EU SEI,A EU SEI QUE A VIDA PODIA SER BEM MELHOR E SERÁ,MAS ISSO NÃO IMPEDE QUE EU REPITA,É BONITA,É BONITA E É BONITA..."


MEU MAIOR PRESENTE É VER O MUNDO SEM VIOLÊNCIA,SEM FOME,SEM MALDADE,SEM DOENÇA,SEM PRECONCEITO...




VIVA À VIDA,VIVA AO AMOR!





domingo, 13 de fevereiro de 2011

A MAIS SABIA DISCRIÇÃO DA TRAVESTI POR ARNALDO JABOUR


ARNALDO JABOUR É UM DOS MAIS CONCEITUADOS JORNALISTAS DO PAÍS,E EM MAIS UM DOS SEUS IMPECÁVEIS TEXTOS ELE FALA DE MANEIRA TRANSPARENTE SOBRE O MUNDO  TRANS...SÁBIAS PALAVRAS QUE ME FIZERAM O ADIMIRAR AINDA MAIS...CONFIRAM ESSE VÍDEO...ACHEI MUITO INTERESSAANTE...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

ENTREVISTA AO DIÁRIO T LOVER,O SITE MAIS VISITADO DO PAÍS NO QUESITO "TRANS"

É hora de reprisar um dos melhores momentos de 2010..a tão comentada entrevista com Wesley Linux ..meu super amigo... e dono do maior site do universo TRANS no Brasil....Foi com muita satisfação que eu pude conceder minha segunda entrevista.






Olá Giselle, tudo bem? Fala para nós um pouco sobre você e o que faz?


_"Primeiro gostaria de cumprimentar a todos os leitores do “Diário T-Lover” e dizer que é um prazer responder à sua entrevista. Eu sou meio versátil, pois além de ser acompanhante, faço alguns trabalhos artísticos, lido com estética e também sou blogueira."

O que você gosta de fazer no dia-a-dia e nos finais de semana?

_"Gosto de ir à praia na semana, de preferência as pouco movimentadas pela comodidade que oferece também curto shopping, cinemas, livrarias, cyber. Fim de semana eu gosto de ir a baladas, como shows, raves, eventos, enfim. Mas também depende muito da minha vibe no momento."

Você gosta de ler livros? Se sim qual que você nos recomendaria?

_"Gosto de romances espíritas, já li vários. No momento estou lendo “O Matuto”, um dos primeiros da Zíbia Gasparetto, e ainda tem um mais intenso intitulado “Na Próxima Dimensão” que será o próximo. Eu recomendo “Quando é preciso voltar” também de Zíbiia. Sou simpatizante do espiritismo kardecista."

Quando que você se descobriu mulher e iniciou sua transformação?

_"Como já havia dito em outra entrevista, eu sempre demonstrei feminilidade, mas me sentia confusa quando me olhava no espelho, é muito intrigante pra uma pessoa ter desejos e comportamentos que não condizem com o que se idealiza, quando ela é criança."

No inicio da sua transformação como foi passar por isso? A família como ela reagiu depois que você foi se tornando uma mulher?


_"Tomei hormônios femininos injetáveis e também em cápsulas, fiz esse tratamento acompanhado de vitaminas que são  fundamentais e logo senti os efeitos no corpo, seios e rosto, fiquei muito satisfeita com o resultado. Como eu me tornei independente precocemente, acabou sendo mais fácil, apesar de algumas resistências, que são inevitáveis. Eu costumo dizer que quando a gente se torna independente é muito mais fácil a aceitação. Como eu sempre fui pessoa de bom caráter, minha família, em geral, me admira. Isso é maravilhoso. As pessoas precisam entender que não se podem marginalizar as travestis em virtude das más referências que infelizmente existem. Generalizar é o cúmulo!"

Como é a relação com a sua família atualmente? Eles te aceitam numa boa?


_"Como eu disse em geral eles me tratam com carinho e admiração, mas ainda existem “aqueles” que fazem vista grossa. O que não me incomoda nem um pouco, pois quando e gente se aceita “já era”.

Nos tempos de escola como eram? Você chegou a concluir os estudos? Ou teve de parar por causa do preconceito?

_"Alunos rebeldes e chatos existem em toda escola né? Claro que sempre ouvia um “Mulherzinha” com ironia e bla bla bla,mas daí ignorava algumas vezes, outras reclamava com a diretora,que apesar de ser respeitada e rígida, tinha carinho especial por mim e as professoras então eram mais amigas minhas do que dos outros,sempre gostei de ter contatos com pessoas mais maduras, achava que poderia aprender mais e dava certo, meus boletins foram excelentes, sempre fui fissurada em tirar nota máxima. Acabava levando fama de CDF da turma ou coisas do tipo. Concluí o ensino médio e fiz alguns cursos. Mas é claro que tenho sonho em fazer faculdade, de publicidade ou jornalismo, pois sempre fui comunicativa"

Como é viver nessa sociedade preconceituosa e que ainda não respeita a diversidade?


_"A gente precisa acreditar sempre. Ou então esmorecemos. Procuro sempre abrir os olhos dos que me rodeiam, desde a moça da padaria até o pessoal das lojas que freqüento ou salões de beleza a cerca do preconceito, inclusive participei de uma conferência de direitos humanos, onde tive um dos meus projetos aprovado em plenário. Nesse projeto consiste a implementação da matéria educação para a diversidade em escolas públicas, pois acho que preconceito assim como vários problemas da sociedade, pode ser solucionado através da educação."

E esse coração como vai? Alguém em especial nele ou não está à procura?


_"Tenho conhecido pessoas especiais, mas acredito que amor verdadeiro só existe um e preciso de tempo pra confirmar se já encontrei o meu. Paixões são inúmeras rsrsrs"

O que te atrai mais em um homem?

_"Inteligência, bom caráter, honestidade e cumplicidade são fundamentais. Fisicamente gosto daquele lance do olhar, da voz, eu acho excitante. Mas nada que eu coloque em primeiro plano. Eu viso mais o conteúdo"
Agora nos diga qual é o seu segredo para se manter bela e saudável como você é?


_"Gosto de dançar axé em casa, eu faço pilates e “arrisco” a dança do ventre. Pra pele, uso máscaras da L’oréal e não saio pelo dia sem protetor solar."

O que você acha que tem de melhorar no Brasil em questão de direitos para a classe LGBT principalmente para as travestis e trans?

_"Além daquele projeto que eu citei, seria interessante que o governo focasse mais na inclusão social das trans e travestis criando cursos profissionalizantes e direcionando-as para o mercado de trabalho. Dignidade é tudo na vida de um ser humano. O casamento civil também já deveria ter sido aprovado. Veja só a Argentina que é menos desenvolvida economicamente que o Brasil já deu esse passo a frente"

Qual foi a sua melhor experiência na vida?

_"Há cerca de 3 anos eu trabalhei numa empresa que me proporcionou viajar boa parte do país,conheci cerca de 800 cidades brasileiras ,principalmente das  regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Morei em cerca de 8 capitais brasileiras. Fiz muitos amigos . Foi uma experiência fantástica, recheada de aventuras, dramas, alegrias, paixões… Momentos inesquecíveis…"

O que você mais gosta em Aracaju? E o que lugar você recomendaria para quem fosse visitar?"

_"Gosto das praias, dos festejos juninos, temos uma das maiores pontes urbanas do país, no natal também erguemos a maior árvore do mundo, reconhecida pelo Guinness Book, além da tranqüilidade. Aracaju é conhecida como a capital da qualidade de vida."

Pretende mudar de profissão ou criar um próprio negócio, ou nessa profissão atual você já está tranqüila?

_"Já diz um ditado que quando o ser humano não tem mais objetivo não vale a pena esta vivo. Eu pretendo sim abrir uma empresa no ramo da estética. Também quero me estabilizar mais para que no futuro quem sabe  fazer viagens internacionais, gostaria de dar uma volta no mundo. Deve ser fascinante."


Para concluir o que você gostaria de dizer para os leitores do Diário T-Lover? Deixe seus contatos de e-mail, twitter e as redes sociais para quem quiser falar contigo.


_"Gostaria de agradecer antes de tudo pela sua amizade e cumplicidade comigo. Queridos leitores, espero que tenham gostado da entrevista. Que Deus ilumine a todos e que possamos ser uma só corrente contra o preconceito e violência. Visitem o meu blog: www.supergiselleasthon.blogspot.com , twitter > twitter.com/giselleasthonbr  msn >gi.asthon@hotmail.com orkut > gisellecyconne@gmail.com"

Muito obrigado por conceder essa entrevista para o Diário T-Lover. Seja sempre bem vinda.


_"Imagina, foi maravilhoso poder contribuir para o Diário T-Lover, quero que saiba o quanto torço por seu sucesso. Pode contar comigo sempre. Você sabe que esse carinho é mútuo. Eu Te adoro. Super beijo."



Gostou da entrevista? Sinta-se a vontade para comentar e divulgar


fonte http://www.diariotlover.com/