Alunas Transexuais da Universidade Suan Dusit em Bangkock
A milhares de quilômetros do Brasil ,no outro lado do mundo , existe uma terra onde o
TRANSEXUALISMO é tratado de maneira,digamos, EXEMPLAR.
Considerado o País mais SOCIÁVEL para com essas mulheres (MTF), a TAILÂNDIA é também uma referência quando o assunto é cirurgia para MUDANÇA DE SEXO,procedimento tecnicamente chamado de RESIGNAÇÃO SEXUAL.
Como se não bastassem o pioneirismo nessa área da medicina , a população TRANS desse país oriental também conta com excelente estrutura na área de EDUCAÇÃO.
A Universidade Suan Dusit ,localizada em Bangkock ,capital do país , possui o diferencial de permitir e incentivar a matrícula de GAYS e TRANSEXUAIS. Nesse ambiente ,onde as TRANS têm direito a vestir uniformes femininos,a política de aceitar essas estudantes ganhou tanta popularidade ,que já há mais de 100 TRANSEXUAIS matriculadas.
Raramente se vê naquele país,um caso de rejeição por parte da família quando é descoberto um caso de HOMOSSEXUALIDADE ou TRANSEXUALIDADE,estatísticas que no BRASIL são absolutamente distintas.
Em geral,as trans são arrimos de família e muitas vezes até assumem a chefia,financeiramente falando. Além do MERCADO DO SEXO,que é extremamente rentável em grandes metrópoles como a capital Bangkok,é possível vê-las atuando em vários setores, profissionalmente.
Aeromoças transexuais da PC Air
Mercado de trabalho
Recentemente ,a linha tailandesa de transportes aéreos PC AIR , que outrora havia colocado como meta admitir somente homens e mulheres , mudou ideia depois de receber mais de 100 currículos de TRAVESTIS e TRANSEXUAIS .
Conhecidas no país com KATOEYS ou LADYBOYS, as TRANSEXUAIS e TRAVESTIS têm uma maior visibilidade na Tailândia do que em qualquer outro país do mundo,e trabalham em postos importantes em vários campos de trabalho especialmente em clínica de saúde ou loja de cosméticos,onde é muito comum encontrar uma assistente de compras LADYBOY.
É claro que não existe ainda o país IDEAL, mas a nação tailandesa é inegavelmente uma referência para o mundo,em termos de CIDADANIA TRANS.
Até quando o governo e o mercado brasileiro vão abrir os olhos e tomar iniciativas que permitam INCLUIR socialmente essa minoria (que contribuem igualmente com seus impostos) da mesma forma exemplar que ocorre nesse país oriental .
Só assim, com INCLUSÃO SOCIAL ,será possível conceder DIGNIDADE ás CIDADÃS TRANSEXUAIS,por mais que elas busquem isso. É preciso INICIATIVA CONJUNTA.
Giselle Ásthon
